Hoje eu estava imaginando em como estará o mundo quando o meu filho estiver um rapaz, com a cabeça cheia de sonhos, lutando pelos seus ideais, vivendo as consequências políticas, socias, ambientais, muitas vezes mal formadas pela sociedade de hoje. A água será escassa, tão preciosa quanto o petróleo ? O ar estará tão poluído que precisarão de máscaras ? Os pássaros e flores que admirei na minha infância e até agora, ainda estarão lá numa mata ou floresta ameaçada também de extinção ? Foram muitas perguntas, algumas obtive respostas, outras tive medo até de descobrí-las e então "desenhei" alguns versos no papel ( sim, no papel, não perdi este hábito apesar do computador ), mas vamos aos versos.

Retrato vivo ( morto )
Veja aquela flor no canto da sala
que belo cenário disperdiçado
não recordo dela ter reclamado
acho até que lhe roubaram a fala
Ou senão ao próprio desprazer se cala
nesse resto de chão mal acabado
e depois desse teatro desmontado
o tempo seca o que no vento estala
Sem viver o que lhe foi concebido
teu perfume que provoca libido
só um pássaro bem rápido sentiu
Mas teu destino foi a falsa beleza
mas tua alma ficou na natureza
foi um pássaro bem rápido que viu.
Cecília de Queiroz

Retrato vivo ( morto )
Veja aquela flor no canto da sala
que belo cenário disperdiçado
não recordo dela ter reclamado
acho até que lhe roubaram a fala
Ou senão ao próprio desprazer se cala
nesse resto de chão mal acabado
e depois desse teatro desmontado
o tempo seca o que no vento estala
Sem viver o que lhe foi concebido
teu perfume que provoca libido
só um pássaro bem rápido sentiu
Mas teu destino foi a falsa beleza
mas tua alma ficou na natureza
foi um pássaro bem rápido que viu.
Cecília de Queiroz